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Riba d’Ave Hóquei Clube prepara a sua primeira participação na Taça da Europa

O Riba d’Ave vai participar pela primeira vez na Taça da Europa de hóquei em patins e, mesmo ciente das “dificuldades”, parte para a ‘final a sete’, em Andorra, com o intuito de a vencer.

Inicialmente agendada para o final de abril, a fase decisiva da competição, que sucedeu à Taça CERS em 2018/19, vai decorrer entre sexta-feira e domingo, num formato a eliminar, e a equipa do concelho de Vila Nova de Famalicão diz-se “preparada e motivada para fazer história” e para mostrar que o “hóquei em patins português é o melhor”.

“Sabendo que é a primeira vez que o Riba d’Ave vai a uma competição europeia, estamos com ambição de ir lá discutir os três jogos. Queremos fazer os três jogos e ganhar”, afirma o capitão de equipa Nuno Pereira.

Antes de concluir a terceira época consecutiva pela equipa do vale do Ave, o hoquista de 25 anos espera repetir a participação europeia de 2017/18, então ao serviço do Valença, e menciona os dois triunfos de 2020/21 sobre o Benfica (5-4 e 2-0), na I Divisão portuguesa, para vincar que tudo pode acontecer quando os jogos são “finais”.

O Riba d’Ave inicia a participação na Taça da Europa às 12:00 de sexta-feira, diante do Caldes, adversário que concluiu a I Liga espanhola no terceiro lugar, e o jogador natural de Barcelos, formado no Óquei, adianta que os portugueses tencionam apostar no contra-ataque para lidarem com a pressão à “pista toda” e a força física dos espanhóis.

“A transição será o nosso maior segredo para esta prova. Depois, temos a nossa vontade, a nossa entrega e o espírito da vila de Riba d’Ave, que tem de estar presente”, salientou.

O treinador dos famalicenses, Raul Meca Lopes, vinca, por seu turno, que a equipa já definiu o “plano de jogo e a estratégia” para, na sexta-feira, se impor a uma formação catalã “muito competente”, com “jogadores de muita qualidade, “experientes nestas andanças”.

“Já identificámos o que é que podemos explorar e onde é que somos fortes. É nisso que estamos focados: ir lá, competir num contexto muito desafiante e pôr o nosso plano estratégico em prática”, diz.

Convencido de que o Riba d’Ave parte para a ‘final a sete’ com “muita responsabilidade”, enquanto único representante do país, o treinador diz acreditar numa “boa prestação” dos seus pupilos, que ajude a mitigar o 13.º lugar naquele que considera ser o “melhor campeonato do mundo”, sentenciando a descida à II Divisão.

“Não era o desfecho que queríamos e não foi o objetivo a que nos propusemos. Temos noção de que não cumprimos o principal objetivo, a manutenção na I Divisão, mas sentimos que, nesta competição, podemos dar alento e algum conforto aos adeptos. Nada vai substituir nada, obviamente”, perspetiva.

Sem competir desde 17 de abril, o Riba d’Ave aproveitou a ‘pausa’ de dois meses para “identificar as coisas que correram menos bem durante a época” e para elevar os “níveis físicos a estados ótimos”, acrescenta Raul Meca Lopes.

Apesar do plantel estar “bem fisicamente” e de ter “idades baixas”, o que leva a uma “recuperação muito mais rápida” de jogo para jogo, o treinador realça também a importância do “fator mental”.

“O fator mental é crucial. Se ganharmos, estejamos cansados ou não, vamos estar muito preparados para o segundo jogo”, detalha.

Se vencer o Caldes, o Riba d’Ave defronta, numa das meias-finais de sábado, o vencedor do jogo entre o Igualada (Espanha) e o Sarzano (Itália), enquanto a outra semifinal vai opor o Lleida, vencedor das duas primeiras edições da Taça da Europa, isento dos quartos de final, e o vencedor do duelo catalão entre o Calafell e o Girona. A final está agendada para domingo.

Disputada desde 1980/81, primeiro como Taça CERS, a competição já teve vencedores portugueses por 12 ocasiões: o Sesimbra, logo na primeira época, o Sporting (1983/84 e 2014/15), o Benfica (1990/91 e 2010/11), o FC Porto (1993/94 e 1995/96), o Óquei de Barcelos (1994/95, 2015/16 e 2016/17), a Oliveirense (1996/97) e o Paço d’Arcos (1999/00).

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