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Miklos Fehér morreu em campo há 18 anos

Assinalam-se, esta terça-feira, 18 anos sobre morte do jogador Miklos Fehér, que caiu inanimado em campo, durante um jogo do Benfica, que representava no ano de 2004.

O Benfica disputava mais um jogo do campeonato, a 25 de janeiro de 2004, quando, nos instantes finais da partida com o Vitória de Guimarães (0-1), em Guimarães, o avançado húngaro, quando nada o fazia esperar, debruçou-se e caiu inanimado.

No momento todos perceberam a gravidade da situação, com colegas e adversários em pânico enquanto as equipas médicas tentavam a reanimação, mas Fehér viria a ser declarado morto às 23:10 do mesmo dia, já no hospital.

O corpo do jogador esteve depois em câmara ardente no átrio do Estádio da Luz, onde foi homenageado por adeptos, que esperaram em filas intermináveis, bem como adversários e dirigentes de outros clubes, antes do funeral em Gyor, a sua terra natal.

Toda a situação deixou marcas no clube da Luz, que desde então promoveu iniciativas para homenagear o seu jogador.

O número “29” foi retirado do plantel — nenhum outro futebolista o poderá vestir -, nesse mesmo ano o Benfica dedicou a Fehér o triunfo na Taça de Portugal (2-1 com o FC Porto de José Mourinho) e colocou um busto do jogador no átrio da porta 18 do Estádio.

A par disto, o Benfica instituiu o prémio Miklos Fehér, que todos os anos distingue professores e alunos que se notabilizem em diversas áreas na antiga escola do jogador, em Gyor, na Hungria, e que os traz anualmente a Lisboa.

A autópsia realizada a Fehér acabou por revelar-se inconclusiva, mas os exames complementares, resultantes do processo-crime aberto e, depois, arquivado, indicaram que o futebolista sofria de uma malformação cardíaca, nunca antes detetada.

Em Portugal, Fehér não vestiu apenas as cores do Benfica, mas também do FC Porto, para o qual se transferiu em 1998 do Gyori Eto, do Salgueiros e Sporting de Braga, por empréstimo dos portistas, e do FC Porto B, antes de assinar pelo clube da Luz.

A sua morte, que sucedeu poucos meses depois da do camaronês Marc-Vivien Foé, em pleno jogo da Taça das Confederações (2003), devido a uma cardiomiopatia hipertrófica, reforçou a questão da morte súbita.

O tema tem suscitado muitos debates e tentativas de despiste, apesar de continuarem a suceder “casos” nos recintos desportivos, também é maior o “alerta clínico” em relação a quaisquer fragilidades.

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