Economia
Governo português alerta para possível invasão comercial da China

O ministro da Coesão Territorial afirmou hoje que, independentemente do futuro da guerra comercial, nada ficará igual e alertou para a possível invasão comercial da Europa pela China.
“Qualquer que seja o futuro desta guerra comercial agora iniciada, nada ficará igual”, afirmou Castro Almeida, que falava numa sessão dedicada ao PRR, organizada pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal, em Lisboa.
Para o governante, a confiança, estabilidade e previsibilidade ficaram afetadas e mesmo que a guerra comercial não tenha uma relação direta com Portugal, a remanescente tensão entre os EUA e a China terá “efeitos enormes” na Europa.
“É muito fácil pensar que os chineses vão tentar invadir a Europa do ponto de vista comercial, o que pode ser dramático para o nosso sistema económico”, apontou.
O ministro disse que Portugal tem de estar preparado para enfrentar as adversidades, insistindo que existe um clima de instabilidade no mundo, que “não augura nada de bom”.
A União Europeia suspendeu por 90 dias a aplicação de novas tarifas de 25% que tinham sido decididas em retaliação das de 25% sobre importações de alumínio e aço adotadas pelos Estados Unidos, que impuseram ainda uma taxa de 20% sobre os automóveis.
O anúncio, de Trump, da suspensão por três meses das chamadas tarifas recíprocas levou à decisão do executivo comunitário de pausar as de 25% adotadas na quarta-feira por igual período.
A Comissão Europeia estima um impacto económico de até 0,6% no Produto Interno Bruto (PIB) da UE por novos direitos aduaneiros norte-americanos permanentes, que seria cinco vezes pior nos Estados Unidos pela ‘guerra’ tarifária iniciada pelo país.
O Governo chinês anunciou hoje um aumento para 125%, nas taxas impostas sobre produtos oriundos dos Estados Unidos, mantendo a política de retaliar os aumentos das tarifas sobre bens chineses decretados por Washington.
Este valor é superior aos 84% anunciados na quarta-feira.
A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo intensificou-se rapidamente, numa altura de grande volatilidade dos mercados. A China insiste que não quer uma guerra comercial, mas que “não tem medo de a enfrentar se necessário”.

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