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Nuno Melo enalteceu o papel daqueles que estiveram “no lado certo da História” neste 25 de novembro

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O ministro da Defesa Nacional enalteceu, esta segunda-feira, o papel dos comandos do Exército nos acontecimentos do 25 de Novembro de 1975 e considerou que esquecer esta data significaria sacrificar “o melhor do 25 de Abril”.

“Não nos devemos permitir quaisquer dúvidas ou equívocos: se o 25 de Abril de 1974 trouxe o fim do Estado Novo e o começo de um caminho, mas foi o 25 de Novembro de 1975 que confirmou o regime democrático. Para o que importa, sem os comandos não teríamos tido o 25 de Novembro”, salientou Nuno Melo, que presidiu hoje à cerimónia de homenagem aos militares que participaram nas ações do 25 de Novembro de 1975, no Regimento de Comandos, em Sintra.

Em 25 de Novembro de 1975, cerca de mil paraquedistas da Base Escola de Tancos ocuparam o Comando da Região Aérea de Monsanto e seis bases aéreas, ato que o denominado “Grupo dos Nove” considerou o indício de que poderia estar em preparação um golpe pela chamada esquerda militar.

A tentativa de sublevação daquelas unidades militares, conotadas com setores da extrema-esquerda, foi travada por um dispositivo com base no regimento de comandos da Amadora, sob o comando do então tenente-coronel Ramalho Eanes.

Perante vários comandos no ativo mas também alguns ex-comandos que estiveram envolvidos nestes acontecimentos, Nuno Melo salientou que “quando era mais difícil os comandos estiveram do lado certo da História, arriscando a vida e dando a vida”.

“Foi em larga medida por causa disso que fracassaram novas pulsões totalitárias e se começou a construir a democracia representativa em Portugal. Foi por causa do 25 de Novembro e foi por causa dos comandos que terminou um ciclo perigoso que nos poderia ter transportado para uma guerra civil. Para trás ficaram outros tempos: de nacionalizações, de reforma agrária, de ocupações, de perseguições arbitrárias a pessoas, tantas vezes presas por delito de opinião durante o período do PREC, felizmente derrotado”, defendeu.

O também presidente do CDS-PP citou o ex-Presidente da República e comandante operacional do 25 de Novembro, general Ramalho Eanes, que afirmou recentemente que não entende porque é que alguns estigmatizam o 25 de Novembro, considerando que esta data “é a continuação do 25 de Abril”.

“Eu acrescentaria: esquecer o 25 de Novembro significaria sacrificar o melhor do 25 de Abril, desvalorizar a democracia e tratar com injustiça algumas das figuras maiores no plano militar e também no plano político da nossa História recente”, considerou.

Nuno Melo evocou “com sentido de justiça e de gratidão, a liderança dos então tenente-coronel Ramalho Eanes e coronel Jaime Neves” bem como “a coragem de todos os comandos e a memória do tenente José Coimbra e do furriel Joaquim Pires, que morreram nos acontecimentos desse dia.

O ministro da Defesa sublinhou ainda que “não é comando quem quer”, afirmando que “a somar à condição militar, a condição de comando é um privilégio só de alguns”.

“A história dos comandos mostra de forma vivida o significado de dádivas em sacrifício. Mama Sumae [grito de guerra dos comandos que significa «Aqui estamos, prontos para o sacrifício!»] repete o grito de ações de heróis que nunca recuaram nos mais difíceis cenários, contextos e batalhas, lutando sempre pela pátria portuguesa. Mama Sumae não é retórica”, afirmou o ministro.

Perante o monumento o monumento “Ao Esforço Comando”, uma imponente estátua onde por baixo se encontra o lema “A sorte protege os audazes”, o ministro da Defesa Nacional, acompanhado pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, general Mendes Ferrão, pelo comandante do Regimento de Comandos e pelo presidente da Associação de Comandos prestaram homenagem aos dois militares que morreram naquela data.

À margem da cerimónia, Nuno Melo recusou novamente responder a questões sobre o futuro do almirante Henrique Gouveia e Melo como chefe do Estado-Maior da Armada, cujo mandato está a chegar ao fim.

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