Os Bombeiros Voluntários Famalicenses emitiram esta sexta-feira, um esclarecimento público depois de um comunicado emitido no dia de ontem que dava conta da insatisfação com que esta corporação viu ser levado avante o processo de implementação de uma base de apoio logístico na freguesia de Bairro.

Comunicado:

ESCLARECIMENTO PÚBLICO – Base Apoio Logístico

Caros Famalicenses

Não queremos entrar em polémicas estéreis nem queremos usar trocadilhos a fim de suportar qualquer opinião ou sentimento. É claro, desde o primeiro momento, que as valências previstas para o nosso Centro em Outiz seriam uma área de formação prática designada de CENTRO FORMAÇÃO E TREINO e uma outra área destinada apoio logístico designada de BASE DE APOIO LOGISTICO.

Foram estas duas valências que deram origem a dois processos independentes de licenciamento que tramitaram na Câmara Municipal sob os números respetivamente LC-CES 21/2015 e LC-CES 22/2015 e que seguiram para apreciação da ANEPC.

É pois incorreto dizer que não fosse prevista uma BASE DE APOIO LOGÍSTICO no complexo de Outiz, a qual vinha no seguimento da BASE, secundária, já em funcionamento há várias décadas no nosso quartel sede. Já o CENTRO FORMAÇÃO E TREINO proposto é uma valência nova e que funcionalmente nada tem a ver com a BASE DE APOIO LOGÍSTICO.

Se não existe esta correlação funcional porque afirmamos que a deslocalização da BASE DE APOIO LOGISTICO para Bairro pode inviabilizar economicamente o projeto agora somente com a valência de CENTRO FORMAÇÃO E TREINO? A resposta é simples dado que ambas as valências aproveitariam as sinergias uma da outra diluindo custos de manutenção e aumentando os de exploração.

A oferta de serviços seria maior e melhor tanto nas condições a oferecer aos operacionais que iriam utilizar a BASE DE APOIO LOGÍSTICO como aos utentes/operacionais que iriam utilizar o CENTRO FORMAÇÃO E TREINO. O CENTRO FORMAÇÃO E TREINO que iria funcionar também dirigido a empresas estaria assim apto a disponibilizar alojamento para os formandos dos cursos Certificados pela DGERT e pela Escola Nacional de Bombeiros e para os de Formação Profissional cofinanciados pelo POISE. Este aproveitamento das sinergias e esta proximidade levariam a que ambos os equipamentos pudessem ser devidamente rentabilizados.

Já o Heliporto previsto não passava de uma intenção remota que poderia ser viabilizável após estudo técnico específico e depois de encontrados os necessários parceiros a fim da sua sustentabilidade económica ser garantida, isto dado os altos custos envolvidos. Por todos estes fatores afirmamos no nosso comunicado que a deslocalização da BASE DE APOIO LOGÍSTICO poderia inviabilizar economicamente todo o nosso projeto para Outiz.

Feitos estes esclarecimentos e a necessária reposição da verdade, aproveitamos para reafirmar que obviamente reconhecemos à ANEPC e Municipio de Famalicão toda a legitimidade para a tomada de decisões sobre esta matéria mas não podemos de modo algum aceitar a forma como todo este processo foi conduzido e o secretismo com que foi desenvolvido num claro atropelo às mais elementares regras de convivência institucional, frontalidade e lealdade.

Confessamo-nos chocados mas não derrotados e muito menos diminuídos da nossa grande vontade de dar sempre o nosso melhor pela proteção das populações e dos seus bens. O território e as gentes de Famalicão merecem a nossa iniciativa, o nosso empenho e não nos desculpariam por nos deixarmos abater por um episódio como o que aqui relatamos.

Saberemos encontrar novos caminhos e saberemos evitar trilhar aqueles que tantos dissabores nos trouxeram.Saímos deste incidente mais fortes, mais unidos e com uma vontade reforçada de mostrar o que vale ser GUITA.

Obrigado e Bem Hajam!