País
Campanha ‘Dê Troco a Quem Precisa’ começa na 2.ª-feira nas farmácias
A campanha ‘Dê Troco a Quem Precisa’ vai decorrer até 20 de dezembro em 600 farmácias de todo o país que aderiram ao Programa Abem: Rede Solidária do Medicamento, que já apoiou mais de 34.000 beneficiários.
Em declarações à agência Lusa, a diretora executiva da Associação Dignitude, Maria João Toscano, afirmou que “qualquer donativo é importante” para apoiar cidadãos e famílias vulneráveis que “não têm capacidade para fazer face às suas despesas, nomeadamente a aquisição dos medicamentos que lhe são prescritos pelo médico”.
“O que nós fazemos ao nível do programa Abem é dar apoio a estas famílias carenciadas e contribuir para que elas possam fazer a sua medicação de forma regular e possam também desta forma ter uma melhor qualidade de vida”, disse Maria João Toscano.
Um estudo recente da Universidade Nova de Lisboa, citado pela associação, dá conta de que a proporção de famílias desfavorecidas que reporta não ter adquirido todos os seus medicamentos ultrapassa os 50%.
“Estamos numa situação que anteriormente já era difícil. Hoje em dia, com o aumento do nível de vida e a própria inflação, vemos um acrescer desta dificuldade”, disse a responsável, lembrando dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) que apontam que a taxa de risco de pobreza aumentou para 17% em 2022.
“São quase 1,8 milhões de pessoas” que vivem com menos de 591 euros por mês, elucidou.
Segundo Maria João Toscano, cerca de 35% dos beneficiários do programa são pessoas com mais de 65 anos, mas a maioria (56%) são agregados familiares em idade ativa, com 11% de crianças envolvidas.
“No programa Abem estamos a apoiar os mais pobres dos mais pobres, ou seja, estamos a falar de pessoas que, em rendimento ‘per capita’ têm cerca de 250 euros por mês, o que é metade daquilo que é determinado relativamente ao limite de pobreza”, realçou.
A diretora executiva destacou a solidariedade dos portugueses nesta campanha, que já vai na décima edição, e apelou para a “generosidade de continuar a apoiar quem não consegue fazer face às necessidades básicas, como o acesso à medicação para controlar a doença”.
Os beneficiários do Programa Abem são cidadãos que se encontram em situação de comprovada carência socioeconómica, referenciados por entidades parceiras locais, como autarquias, instituições particulares de solidariedade social, Cáritas e Misericórdias que integram uma rede colaborativa presente em todo o país e dispõem de um cartão que podem apresentar numa farmácia para poderem adquirir medicamentos comparticipados.
A Dignitude fez uma avaliação de impacto social do programa Abem e estimou que tenham sido poupados 24 milhões de euros apenas em episódios de urgência e internamentos evitados, pelo cumprimento das terapêuticas proporcionadas pelo programa e que por cada milhão de euros investidos no programa existe uma poupança potencial de quatro milhões de euros para o Serviço Nacional de Saúde.
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