Famalicão
Famalicão: Mário Passos tece duras críticas perante “redução substancial” do apoio para artes e cultura
O presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão criticou hoje a “substancial redução” do financiamento da Direção-Geral das Artes a entidades que integram uma plataforma que reúne 18 estruturas do concelho, sublinhando tratar-se de uma “grande injustiça”.
Em conferência de imprensa, Mário Passos disse que o apoio se cifra em menos de 400 mil euros, quando as expectativas das companhias apontavam para 985 mil.
“É uma redução de 60%, que lamento imenso e que considero uma grande injustiça. Famalicão é uma referência cultural a nível nacional, parece que os que mais trabalham são penalizados”, referiu.
O autarca manifestou-se disponível para se juntar ao “coro de protestos” das companhias envolvidas, para fazer chegar ao Ministério da Cultura “uma voz mais robusta e musculada”.
Em causa está a plataforma “Sobre o palco”, criada em 2019 e constituída, atualmente, por 18 estruturas artísticas profissionais e semiprofissionais do concelho de Vila Nova de Famalicão.
No mais recente Programa de Apoio Sustentado da Direção-Geral das Artes para o biénio 2023-2024 e quadriénio 2023-2026, uma estrutura daquela plataforma manteve o financiamento (Companhia de Música Teatral, com 120 mil euros por ano na modalidade quadrienal), uma outra obteve aprovação pela primeira vez (Instituto Nacional de Artes do Circo, com 240 mil euros por ano na modalidade bienal), e três que tiveram apoio nos anos anteriores deixaram de ter financiamento (Teatro da Didascália, O Cão Danado e Fértil – Associação Cultural).
Outras quatro em concurso pela primeira vez não viram as suas candidaturas aprovadas.
No anterior Programa de Apoio Sustentado, todas no domínio bienal, a Cão Danado recebeu 258 mil euros, o Teatro da Didascália foi a companhia mais bem pontuada na categoria de Programação para os anos de 2020-21 e viu o apoio ser de 362,5 mil euros, enquanto a Fértil foi apoiada em 169 mil euros.
Para a autarquia, as companhias Cão Danado, Fértil Cultural e Teatro da Didascália têm “em risco a sua capacidade de subsistência”.
Responsáveis destas três estruturas adiantaram que tiveram de parar ou abrandar a sua atividade e de reduzir equipas e custos, valendo-lhes, no entanto, o apoio que o município continua a disponibilizar.
Este ano, o município canalizou para aquela plataforma 528 mil euros, “reforçando o seu papel de principal financiador e parceiro do seu ecossistema artístico”.
“Só em 2023, de um total previsto de 920.900 euros angariado pelas 18 estruturas, cerca de 57% é proveniente da autarquia, sendo o restante apoio financeiro proveniente de parceiros como Direção-Geral das Artes, e Fundação Calouste Gulbenkian, entre outros”, referiu uma nota da autarquia.
Em 2021 e 2022, o município investiu naquelas entidades, respetivamente, perto de 418 mil euros e mais de 500 mil euros, em apoios associados ao desenvolvimento do plano de atividades e a obras, assim como apoio indireto em coproduções da Casa das Artes e do Teatro Narciso Ferreira.
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