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Região Norte: “Tem havido uma certa estabilização, mas não é de todo uma situação confortável”

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 A aparente “estabilização” da região Norte em cerca de 3.000 casos diários do novo coronavírus na última semana “não diminui o risco”, afirmou hoje um especialista da Universidade do Porto, alertando que vários fatores podem alterar a tendência.

“Nesta última semana, tem havido uma certa estabilização, mas não é de todo uma situação confortável porque, além de estarmos num patamar de incidência elevada, existem regiões cujo crescimento tem sido elevado”, afirmou Óscar Felgueiras, matemático especialista em epidemiologia da Universidade do Porto.

Em declarações à agência Lusa, o especialista afirmou que a região Norte, cuja taxa de incidência ascende aos 1.019 novos casos por 100 mil habitantes, parece, na última semana, ter “estacionado no patamar dos 3.000 novos casos diários” de infeção pelo SARS-CoV-2.

“É um patamar um pouco abaixo do registado em novembro”, disse, alertando que, apesar de o Norte registar “menos internados e menos óbitos” quando comparado a outras regiões do país, a positividade têm aumentado.

Óscar Felgueiras salientou ser “grande a incerteza” associada à evolução da pandemia da covid-19, não só na região Norte, onde “não é claro o que vai acontecer daqui em diante”, mas também no resto do país.

“Estamos numa situação particularmente complicada a todos os níveis”, salientou o especialista, enumerando alguns fatores que podem, nas próximas semanas, contribuir para o aumento da incerteza.

“Temos uma incidência muito elevada e com provável subnotificação (os casos reais serão mais do que os detetados), temos também a questão do rastreio que perante um aumento tão rápido do número de novos casos torna-se difícil, ficando inquéritos por fazer”, referiu.

A par disso, o surgimento de novas variantes do SARS-CoV-2 e o frio “associado a uma “maior mortalidade são também “fatores de risco”.

“À partida, tudo indica, que vai haver uma descida, mas pode ser a um ritmo mais lento, sendo que existem, de facto, alguns fatores de incerteza que até agora não existiam”, afirmou.

Entre esses fatores pode incluir-se até “um certo desgaste da população” em cumprir as medidas decretadas.

Quanto às iniciativas do Governo para travar o aumento do número de casos, Óscar Felgueiras considerou que “qualquer medida de confinamento ajuda a travar” o crescimento e controlar o índice de transmissibilidade, designado de Rt.

Para o especialista, se “houvessem mais medidas, nomeadamente, o encerramento das escolas, o efeito seria maior e mais rápido”.

“O sucesso das medidas dependem, acima de tudo, do comportamento da população, sendo que a regra geral devia, efetivamente, ser ficar em casa. Face à incidência existente, neste momento, não há grandes dúvidas”, acrescentou.

As novas medidas tomadas pelo Conselho de Ministros para controlar a pandemia de covid-19, entre as quais o dever de recolhimento domiciliário, entraram em vigor às 00:00 de sexta-feira, tendo como grande exceção ao primeiro confinamento o facto de as escolas permanecerem abertas em todos os graus de ensino.

Em Portugal, morreram 8.543 pessoas dos 528.469 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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