Famalicão
Famalicão: Município vai adquirir instalações da Sampaio Ferreira para construir Museu da Indústria Têxtil
Famalicão prepara a aquisição e reabilitação de parte do desativado parque industrial Sampaio Ferreira, em Riba de Ave, para onde será transferido o Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave (MIT), entre outros serviços municipais.
A proposta de aquisição de uma fração com uma área de implantação de quase 4 mil metros quadrados e um logradouro de 1235 m² daquela que foi uma das primeiras unidades fabris do Vale do Ave, pelo valor de 354 mil euros, foi aprovada esta quinta-feira, 9 de fevereiro, na reunião do executivo municipal.
O avanço da reconversão da unidade industrial Sampaio Ferreira deixa o presidente da autarquia famalicense muito satisfeito.
Mário Passos fala num “ato de justiça que honra a história da vila de Riba de Ave”, acrescentando que a Câmara Municipal “não pode deixar que imóveis como este, cuja identidade e história se fundem com a identidade do próprio concelho, sejam abandonados e remetidos para segundo plano”.
Recorde-se que a fábrica Sampaio Ferreira, em Riba de Ave, foi uma das primeiras unidades fabris do Vale do Ave construída pelo empresário Narciso Ferreira e implantada numa área de cerca de 35 mil metros quadrados.
Sobre a decisão de transferir as atuais instalações do MIT, em Calendário, alugadas mensalmente pelo valor de 7 500 euros, para a histórica fábrica de Riba de Ave, Mário Passos lembra “a relação umbilical” que une a vila ao setor Têxtil.
“Riba de Ave é o berço da indústria têxtil e esta transferência honra também o MIT e o trabalho valiosíssimo que tem feito na valorização e preservação do nosso património”.
Recorde-se que a autarquia está determinada e empenhada em fazer renascer das cinzas o legado industrial devoluto de Riba de Ave devolvendo à vila o fulgor, a prosperidade e a qualidade de vida que se vivia no início do século XX, quando o dinamismo económico era tal que a freguesia se destacava a nível nacional.
A reabilitação do Teatro Narciso Ferreira é exemplo disso mesmo. Recorde-se que o imponente Teatro Narciso Ferreira, recebeu obras de renovação, 77 anos após a sua inauguração, realizada em maio de 1944. A reabilitação do emblemático edifício, que estava fechado há 20 anos, permitiu dotar o espaço de qualidade excelente, não só do ponto de vista da arquitetura, da autoria do Arq.º Noé Diniz, mas dos equipamentos, da funcionalidade, dos meios técnicos e da potencialidade.
O projeto de recuperação contou com um investimento de 3,5 milhões de euros, resultante de verbas aprovadas no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), assinado entre a autarquia e o Programa Operacional NORTE 2020, com o município a garantir um cofinanciamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no valor de 2,9 milhões de euros.
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