Famalicão
Trabalhadores da Transdev em greve concentram-se hoje em Guimarães
O grupo Transdev, cujos trabalhadores em greve se concentram hoje em Guimarães, tem uma operação repartida por pelo menos 14 empresas e consórcios no Norte e Centro, região na qual tem uma maior presença, segundo dados consultados pela Lusa.
A Norte, além de autorizações provisórias, a Transdev já opera, ao abrigo dos novos concursos públicos de transporte rodoviário de passageiros, em três comunidades intermunicipais, e operará num dos cinco lotes definidos para a Área Metropolitana do Porto (AMP).
No Centro, a empresa tem maior presença no transporte intermunicipal nas comunidades intermunicipais (CIM) da Região de Coimbra, Viseu Dão Lafões e Beira Baixa, e concentra 42% da despesa nas Beiras e Serra da Estrela.
Além do transporte intermunicipal, a Transdev opera ainda várias linhas de cariz municipal (por exemplo, em Aveiro e Covihã) e transporte escolar.
A empresa-mãe do grupo é a Transdev Participações SGPS, que controla, pelo menos, 14 sociedades: Rodoviária D’Entre Douro e Minho, MinhoBus, Transdev Norte, Caima, Rodoviária da Beira Litoral, ETAC, Rodoviária da Beira Interior, Transdev Interior, MoviCovilhã, Transdev Tâmega e Sousa, Transdev Expressos, Ave Mobilidade, Mov Cávado e Transdev & AVIC Cávado.
A Lusa pediu à Transdev o acesso ao seu Relatório e Contas, bem como a listagem das suas subsidiárias, mas não obteve resposta até ao momento.
Na CIM do Ave, a Transdev Norte opera em consórcio com a Landim, Vale do Ave e UTS, tendo formado uma sociedade comercial com o nome Partícula Andante, na qual detinha a maioria, segundo a Autoridade da Concorrência (AdC).
De acordo com o portal de publicações de atos societários do Ministério da Justiça (MJ), o número de identificação da empresa manteve-se, mas o nome mudou para Ave Mobilidade, marca sob a qual é operado o serviço de passageiros por cinco anos, após ter sido lançado o concurso público de 1,84 milhões de euros (ME).
Quanto à CIM do Cávado, a Transdev ganhou os dois lotes postos a concurso (contratos de 2,7 ME) sendo o primeiro através da sociedade Empresa de Transportes CIM Cávado (que já mudou o nome para Mov Cávado), detida maioritariamente pela Minho Bus (detida pela Caima, também da Transdev, segundo a AdC) e minoritariamente pela Auto Viação do Minho.
No segundo lote, a Transdev controla a nova sociedade Transdev & AVIC Cávado (que mantém o nome), através da maioria que a Rodoviária d’Entre Douro e Minho detém no consórcio com a AVIC.
Por fim, nas regiões com as novas concessões já em funcionamento, a Transdev opera no Tâmega e Sousa, no lote que compreende os concelhos de Baião, Castelo de Paiva, Cinfães, Marco de Canaveses e Resende, um contrato de 624 mil euros por cinco anos.
Neste caso, através da sociedade Órbita Andante (que entretanto mudou o nome para Transdev Tâmega e Sousa), integralmente detida pela antiga Transdev Douro (entretanto fundida com a Transdev Norte).
Ainda por operar está o lote Norte Poente da AMP (Póvoa de Varzim e Vila do Conde), em que a nova empresa Porto Mobilidade é “controlada pela Minho Bus, que, por sua vez, integra o Grupo Transdev”, segundo a AdC, apesar de, segundo o portal do MJ, deter apenas 49% do capital, sendo os restantes 51% distribuídos pela AV Minho e Litoral Norte, que têm a mesma gerência.
Na AMP, o grupo opera atualmente nos concelhos anteriormente servidos pela Arriva, como Santo Tirso, Trofa, Póvoa de Varzim ou Vila do Conde, tendo assinado um contrato de 1,9 milhões de euros no final de 2022, até à entrada em vigor da nova rede de transportes metropolitana, prevista para este ano.
A Transdev opera ainda em maioria nos concelhos de Arouca, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira e Vale de Cambra, através da Caima.
No Centro, na CIM da Região de Coimbra, a Transdev tem uma posição maioritária no transporte intermunicipal, de acordo com o Relatório de Transportes relativo a 2021.
A ETAC e Rodoviária da Beira Litoral asseguram 686 de um total de 772 linhas, e arrecadam cerca de 86% de todas as comparticipações financeiras ao abrigo dos serviços essenciais e da redução tarifária (2,7 milhões de um total de 3,11 milhões de euros).
Na CIM Viseu Dão Lafões, o grupo, a partir da Transdev Interior e Rodoviária da Beira Litoral, assegura 96 linhas, de um total de 159 linhas, estando responsável por metade dos passageiros transportados nas linhas da competência da CIM, valor semelhante no que toca às comparticipações financeiras (52% de um ‘bolo’ de 4,5 milhões de euros), segundo relatório de 2021.
Já na Beira Baixa, o último relatório disponível, de 2020, refere que a rede de transportes públicos rodoviários da competência da comunidade intermunicipal é explorada apenas pela Rodoviária da Beira Interior, em regime de autorizações provisórias.
Na CIM das Beiras e Serra da Estrela, sem relatórios disponíveis no seu ‘site’, é possível verificar, a partir do relatório de gestão de 2021, que a Transdev Interior e a Rodoviária da Beira Interior representavam 42% das despesas com operadoras de transportes.
A forte posição da Transdev na região Centro apenas não se observa nas CIM da Região de Leiria e Médio Tejo, territórios onde o grupo tem uma presença residual, desde que alienou (algo confirmado à Lusa pela empresa), em novembro de 2022, as suas participações na Intercentro e Internorte, esta última com uma posição nas Rodoviárias do Tejo e do Lis, controladas pelo grupo Barraqueiro.
Ao longo dos anos, a Transdev tem vindo a adquirir várias empresas de transporte rodoviário nas duas regiões, entretanto incorporadas na Transdev Interior, como a EAVT, Viação Beira Douro, Joalto, Joaquim Guedes Filho e Genros, Rodocôa ou Viúva Carneiro e Filhos, segundo a Lista de Operadores de Transporte Público Coletivo disponível no ‘site’ do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).
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