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Jovens famalicenses foram astronautas por um dia: Uma Viagem única com gritos, enjoos e gargalhadas à mistura

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Os alunos do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, Gonçalo Ribeiro e Afonso Machado, já participaram no voo de gravidade zero (parabólico), depois de terem ganho o seu “bilhete”, entre apenas 30 disponíveis.

Entre gritos, enjoos e gargalhadas, estes 30 jovens “foram” à Lua e a Marte, esta sexta-feira, de avião, com partida e chegada de Beja, uma viagem que lhes permitiu fazer pelo caminho flexões, elevações ou cambalhotas no ar.

emissão em direto da famatv

O avião, um Airbus A310, fretado pela agência espacial portuguesa Portugal Space, que organizou a iniciativa, à empresa francesa Novespace, descolou da Base Aérea de Beja às 10:08 e aterrou às 12:02.

Tratou-se do primeiro voo parabólico feito em Portugal. Os jovens, estudantes entre os 14 e os 18 anos, foram selecionados, após uma série de provas eliminatórias, no âmbito da iniciativa “Zero-G Portugal – Astronauta por um Dia”, que visa motivar o interesse dos mais novos pelo espaço.

Os voos parabólicos são praticamente o único meio na Terra capaz de reproduzir o efeito da ausência de gravidade ou microgravidade, apenas sentida pelos astronautas no espaço.

“Foi uma experiência completamente diferente”, comentou à Lusa Maria Matias Neto, 17 anos, de Vagos, no distrito de Aveiro, mal refeita das sensações que teve quando esteve “suspensa” no interior da aeronave nos segundos de efeito de gravidade zero.

“Em Marte e na Lua ainda se consegue caminhar, mas em gravidade zero não se consegue fazer nada disso”, apontou.

O avião da Novespace sobrevoou a costa portuguesa e executou manobras de ascensão e queda-livre (parábolas) numa zona do espaço aéreo fechada a outros voos, ao largo de Monte Real. Ao todo descreveu 16 parábolas de um minuto, que se traduziram em cerca de sete minutos de microgravidade, incluindo 20 segundos de microgravidade lunar e 40 segundos de microgravidade marciana.

Os jovens reuniram-se no centro da aeronave, um espaço livre de assentos e almofadado, em quatro grupos: o de Saturno, Júpiter, Marte e Lua, os nomes que figuravam, em inglês, num dos emblemas dos fatos de voo, uns macacões cinzentos semelhantes no figurino, embora não na cor, aos usados pelos astronautas.

Seguindo indicações dadas aos altifalantes e por instrutores, rapazes e raparigas puderam dar uns passos um pouco mais leves como se estivessem em Marte, umas passadas mais leves ainda como se fosse na Lua ou, de repente, sem controlo, ficarem suspensos e darem várias cambalhotas no ar ou mesmo cabeçadas no teto da aeronave até caírem no chão.

Houve gritos, risos e gargalhadas de entusiasmo, mas também caras de enjoo e vómitos, sobretudo porque o avião executava manobras que alternavam entre 20 segundos sob o efeito de microgravidade, de leveza, sem peso, e 20 segundos sob hipergravidade, de sobrepeso.

No chão, quando se está deitado, em hipergravidade, sente-se quase o dobro do peso, como se estivesse uma pessoa em cima de outra, mal se consegue levantar um braço e a pressão conflui para o pescoço. Em pé, caminhar torna-se uma tarefa árdua.

Ricardo Martins, 15 anos, de Vila Verde, no distrito de Braga, sentiu isso, mas quando chegou ao efeito da gravidade zero, foi “a libertação total”, fez flexões, elevações e cambalhotas no ar.

Bolas que tentou atirar ao chão, que lhe pareceu “de plasticina por dentro”, não passaram disso mesmo, de bolas que tentou atirar ao chão, porque não caíam, ficavam no ar, tal como pequenos balões cheios de água colorida.

“Foi espetacular, valeu muito a pena”, disse o jovem à Lusa, momentos antes da aterragem na Base Aérea de Beja, onde familiares esperavam os adolescentes num hangar próximo da pista.

No voo seguiu também José Teixeira, professor de Física e Química, em Chaves, que testou as forças eletrostáticas e gravíticas, entre outras experiências, que puseram à prova o ter de andar em hipergravidade para verificar os aparelhos que trazia consigo.

A brincar, e já em terra firme, comentou à Lusa que, apesar de alguma indisposição sentida no avião por duas vezes, enjoos a sério só se for na emblemática estrada nacional que liga Chaves a Faro, um trajeto “bonito” mas “cheio de buracos”.

Ao contrário do chão almofadado do avião que o “levou” hoje à Lua e a Marte, na companhia de 30 jovens e do astronauta alemão Matthias Maurer, que já esteve no espaço, na Estação Espacial Internacional, a “casa” que foi sua durante seis meses com vista para a Terra.

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