País
“Possível Situação de Catástrofe”: Proteção Civil dos Açores aciona plano de emergência
A Protecção Civil dos Açores activou o Plano Regional de Emergência devido à elevada actividade sísmica que se regista na ilha de São Jorge desde sábado, revelou esta quarta-feira o secretário regional da Saúde.
A informação foi adiantada por Clélio Meneses aos jornalistas, durante uma conferência de imprensa em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, acrescentando que os planos de emergência municipais dos dois concelhos de São Jorge, Calheta e Velas, também já foram activados.
Segundo o secretário regional, que também tutela a Protecção Civil, as medidas preventivas estão a ser tomadas com base no conhecimento do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), “em colaboração com cientistas e grupos de Islândia, Espanha e Itália”.
Várias entidades regionais e nacionais, como a Protecção Civil nacional, o INEM e a Cruz Vermelha estão também a “preparar a sua intervenção numa possível situação de catástrofe”, disse ainda. Desde sábado, já se registaram mais de 2.000 sismos na ilha de São Jorge, 142 dos quais sentidos pela população.
Num comunicado divulgado já depois da conferência de imprensa, o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) indica que a activação do Plano Regional de Emergência de Protecção Civil tem “efeitos imediatos”.
“Considerando que a presente situação implica a adopção de medidas especiais, nos termos previstos no Plano Regional de Emergência de Protecção Civil dos Açores, ficam accionados os agentes de protecção civil da região necessários aos trabalhos para a resolução das ocorrências, sem prejuízo das decisões tomadas pelo comandante das operações de socorro”, lê-se na mesma nota. De acordo com a Protecção Civil, “ficam ainda accionadas todas as entidades e pessoas com especial dever de colaboração” nos termos do plano.
O CIVISA elevou hoje o nível de alerta vulcânico na ilha de São Jorge, no grupo Central, para V4 (de um total de cinco), o que significa “possibilidade real de erupção”.
“O que se aconselha às pessoas que vivem, entre as Velas e a Fajã das Almas, é que façam uma deslocação das suas residências, sobretudo pessoas com mobilidade reduzida, pessoas dependentes de terceiros para as suas actividades básicas, pessoas residentes em edifícios sem garantias de segurança anti-sísmica e residentes em zonas próximas de vertentes ou falésias de particular perigosidade de deslizamento ou desabamento, como são as fajãs”, afirmou Clélio Meneses na conferência de imprensa.
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